RESENHA DE DORAMA: Romance Is a Bonus Book
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29 de março de 2018

Resenha: Dark House, Karina Halle


Dark House (Experiment In Terror #1)
Autora: Karina Halle
Gênero: New adult/terror 
Editora: Única Editora
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Páginas: 352
Sinopse: Sempre houve algo fora do normal com Perry Palomina. Embora ela esteja vivendo uma crise ao passar pela síndrome pós-faculdade, assim como qualquer garota de vinte e poucos anos, ela não é o que chamaríamos de comum. Perry possui um passado que prefere ignorar, e há também o fato de que ela consegue ver fantasmas. Tudo isso vem a calhar quando se depara com Dex Foray, um excêntrico produtor que está trabalhando em um webcast sobre caçadores de fantasmas. Dex, que se revela um enigma enlouquecedor, arrasta Perry para um mundo que a seduz e ameaça sua vida. O farol de seu tio é pano de fundo de um mistério terrível, que ameaça a sanidade da moça e faz com que ela se apaixone por um homem que, como o mais perigoso dos fantasmas, pode não ser o que parece.






Dark House foi uma leitura definitivamente diferente. 
Eu comprei esse livro em um sebo, só porque eu vi que era da Karina Halle, uma autora que eu vivia rezando para ser publicada aqui no Brasil por causa dos seus livros de romance. Entretanto, eu não fazia ideia que ela tinha essa série ou que ela tinha sido publicada há uns 3 anos aqui no Brasil. Então em janeiro em entrei em um desafio de leitura e o tema desse mês era um livro pertencente a um gênero que eu nunca leio. Logo me veio esse na cabeça, já que é de terror e apesar de eu AMAR filmes de terror, eu tenho PAVOR de livros de terror. Livros tem aquela capacidade mística de ser recriados dentro da cabeça de cada leitor durante a leitura e eu definitivamente não quero um cenário com espíritos dentro da minha cabeça ás 03h da manhã no meu quarto escuro :)

Ok, já falei demais sobre coisas aleatórias. A questão é que eu sempre quis ler um misto de terror com romance e quando vi Karina Halle + terror, imaginei que tinha encontrado uma pérola. E realmente encontrei, mas não do jeito que eu imaginava.

Dark House é uma incógnita do inicio ao fim. O livro me lembrou um recorte no meio do percurso de uma história, onde você conhece um pouco dos personagens, o objetivo e o drama principal deles, vive suas angústias, seus medos, suas vitórias... Mas quando você chega na última página as grandes perguntas levantadas no início ficam sem resposta. Esse livro faz parte de uma série com mais 6 volumes (incluindo novellas), então acredito (e espero do fundo do coração) que tudo fique bem explicadinho neles, porque quando eu terminei, o terror que o gancho deixou e a angústia pra saber O Q TÁ ACO TESENDO no livro dá uma aflição muito grande.

A Perry é a personagem que mais é desenvolvida durante a leitura e uma das partes que eu mais gostei. Ela tem uma melancolia daquelas comuns no início da fase adulta, onde ainda não se sabe quem é, o que quer e como conseguir as coisas na vida. Possui um histórico de uso de drogas e de fragilidade mental que é uma das interrogações da leitura. Será que o que Perry vê é real? Será que só uma parte é real e a mente dela construiu o resto para fazê-la se sentir importante? Pois é.
Apesar dessa personalidade triste, a personagem cresce em coragem e ousadia durante a leitura, quando conhece Dex no assustador farol desativado. 

"Havia algo estranho neste lugar, algo vagamente familiar. Revirei meu cérebro tentando reconhecer algo mais tangível, mas nada veio a mente. Apesar do vento da costa, que então entrava livremente, havia uma quietude denso no ar. Era estranhamente atraente e muito sobrenatural".

O que eu posso falar do Dex é o nome dele e fim (risos nervosos). Porque ele é um personagem que aparece repentinamente para alimentar as visões de Perry e com isso acaba dando a ela apoio para encontrar o sentido que ela procurava na sua vida, não só oferecendo a oportunidade de trabalhar no novo programa que pretende criar, mas também botando mais lenha na fogueira com suas próprias experiências e pouquíssimos mistérios sobre quem é, que são revelados ao longo da leitura, levantando mais e mais dúvidas e teorias da conspiração (ADORO).

Essa lenha que ele coloca na fogueira sai do âmbito espiritual amaldiçoado e atinge o coração juvenil de Perry. Olha, essa foi uma das paixões platônicas mais angustiantes que eu já li. Porque não só Dex é o espírito artístico rico, ousado e indomado, como é lindo com suas falhas, engraçado, inteligente e deu match até com as questões mentais frágeis de Perry. Ela nunca teve alguém que acreditasse no que passava com ela e quando isso acontece, com um cara lindo e que ainda quer trabalhar com era, é flechada certeira no coração. Entretanto, Dex é um workaholic  muitos anos mais velho que ela, alheio a quase tudo, com um temperamento volúvel demais para se confiar e que namora uma mulher linda e que Perry acha que nunca conseguirá chegar perto de ser.

Toda essa situação é muito tensa e confesso que fiquei desapontada, porque esperava pelo menos um indício de que essa história de amor não fosse unilateral. Eu adoraria que todo esse medo e dúvidas e perigo fizessem os dois correrem para os braços um do outro e eu quebrei a cara, mas isso não estraga o livro de maneira nenhuma, só desperdiça um chilli que poderia existir ali.

"Eu estava a um palmo de distância de seu rosto.Seus olhos, apesar de ilegíveis, olhavam profundamente nos meus. Eu podia facilmente ficar lá por um bom tempo, só olhando para ele, segurando seu olhar. Se eu imaginasse com força o suficiente, eu poderia quase ver raios fluindo entre nós numa linha inquebrável."

Toda a trama de terror é muito diferente. Não foi tão forte a ponto de me deixar sem dormir, mas deu arrepios suficientes para eu evitar ler a noite. A autora foi muito criativa com os elementos do susto e criou uma aflição de primeira com situações que ficam naquela linha entre o real e o imaginário. As lendas usadas são super interessantes e a maneira como elas são desenroladas durante a leitura são bem assustadoras, confesso. E o que mais me fez aplaudir de pé foi que o mistério que Dex traz consigo é tão maciço, que o terror se divide entre o que é sobrenatural e completamente exposto para Perry e o que é real, mas oculto para ela em Dex. É sensacional quando o real é mais perigoso do que o que pode estar dentro da cabeça de um personagem!

A leitura de tudo isso acaba sendo bem ágil, porque dá muita curiosidade de saber o que acontecerá em seguida. Fiquei curiosa em descobrir mais sobre o Dex do que sobre os espíritos envolvidos e como a autora vai soltando informações em doses homeopáticas, quando eu vi, já estava nos últimas páginas. E o final, como eu citei no começo é uma incógnita apavorante, que te deixa desesperado para entender. Entender tudo, principalmente o enigma aterrador e ao mesmo tempo bem feliz que um espírito medonho vestido de palhaço e com um batom vermelho borrado profere. Eu estou muito aflita para continuar logo com essa série e com altas expectativas!

Eu não gritei, não perdi o sono, mas dormi com o abajur aceso e senti um arrepios de terror e aquela sensação de presença atrás de mim, então já posso dizer que valeu a pena ler! 

Dark House é um terror light, onde real e imaginário são ameaças com o mesmo potencial e que te deixará no mínimo curioso para ler a sequência. Não tem um romance propriamente dito, mas tem personagem que se conectam com o coração e com a mente e que no futuro da série (AJUDA DEUS) podem evoluir para uma conexão mais física também. Superou minhas expectativas na parte terror, não superou na parte romance, mas ainda super indico para você ler naquela tarde nublada, com uma xícara de chá e um cobertor para te proteger dos espíritos!

"Era irritante, horripilante às vezes, sentir como se o apego pela realidade estivesse lasseando, como se estivesse lidando com algo muito além de qualquer compreensão sobre a vida e a morte. E ainda assim era tão cativante. 
De certa forma, ao lidar com os mortos, eu nunca havia me sentido tão viva."

A série Dark é composta por: Dark House, Red Fox, The Benson, Dead Sky Morning, Lying Season, On Demon Wings, Old Blood, The Dex-Files, Into The Hollow, And With The Madness Comes The Light, Come Alive, Ashes To Ashes e Dust to Dust. Aqui no Brasil, o único título publicado pela Única Editora foi Dark House.

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Uma abraço e até mais!

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