RESENHA DE DORAMA: Romance Is a Bonus Book
Resenha: Simplesmente Ana, Marina Carvalho
Resenha: Swag, Cambria Hebert




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13 de maio de 2020

Resenha: Não Inclui Manual de Instruções, T.S. Rodriguez

Ficha Técnica
Título: Não Inclui Manual de Instruções
Autor: T.S. Rodriguez
Gênero: Boys love| LGBTQ+| Autismo
Editora: Editora Rico
Comprar: Rico | Amazon (e-book)
Sinopse: Gemma não quer que seu filho Conor, um premiado escritor no espectro do autismo, termine sozinho e decide assumir a tarefa de encontrar o namorado perfeito para ele.

Não será nada fácil para Aidan, o escolhido; Conor é sincero demais, obcecado por seus livros e nunca ri das piadas dele!

Prepare-se para sentir o coração aquecido e se divertir com as armações de Gemma, a sinceridade de Conor e a espontaneidade de Aidan. Esse livro é tão fofo e apaixonante, que nunca mais fará você duvidar do amor.


Já começo expondo defeitos.
Ao meu ver, o único defeito desse livro é ser tão fininho!
Não Inclui Manual de Instruções é uma deliciosa e romântica aventura através da realidade de duas minorias, a comunidade LGBTQA e os indivíduos que possuem algum grau de autismo.
Cultura LGBTQA já está presente na minha vida há muitos anos. Não só literatura, mas cinema, música, teatro, entre outros. Porém, o único conteúdo que consumi referente a Síndrome do Espectro Autista foi através da personagem Benedita (Benê), na série | novela Malhação - Viva a Diferença, da Rede Globo (essa é uma das melhores temporadas de todos os tempos).

Assim como a Benê, o personagem principal do livro, Conor, nasceu com a Síndrome de Asperger (SA), um dos graus mais leves de autismo, que não afeta o seu possuidor psicológica ou neurologicamente, mas traz dificuldades em relação a comunicação verbal e interação social.
Famoso autor de suspense na Irlanda, Conor é muito amado por sua família, principalmente por sua mãe, Gemma. O medo de que seu filho passe o resto da vida sozinho, devido as dificuldades da SA faz Gemma por em execução um plano para encontrar a cara metade do seu filho, baseando-se nas características dos personagens que Conor cria para seus livros. Sem que o filho saiba, Gemma coloca sutil e arquitetadamente Aidan, um músico ruivo e carismático na vida do filho e envolve todos os que o amam para fazer esse relacionamento acontecer.

"Havia sido difícil fazer com que Conor se soltasse e Aidan não queria que ele ficasse fechado outra vez. Estava começando a perceber que Conor era do tipo de pessoa que não costumava permitir que alguém entrasse em sua redoma. Aidan teve um leve vislumbre de quem ele era e queria ver mais, muito mais. " - pg 41

Olha, preciso confessar que a manipulação inicial de Gemma na vida de Conor, mesmo sendo voltada para o bem, me causou um pouco de desconforto no início do livro. Porém, ao desenvolver do enredo, percebi que foi uma ação necessária para deslocar o filho de sua zona de conforto. Conor é um personagem regrado, perfeccionista e distante. Todas essas características derivadas da SA tornam difícil imaginar o personagem abrindo-se para conhecer pessoas e situações novas e foi necessário esse recurso, essa "artimanha do bem" para dar movimento a estória.

Aidan é o agente dessa mudança de ares. O ruivo, fã dos livros de suspense de Conor sente-se atraído a primeira vista. Transpondo a distância e a dificuldade entre eles, termina trazendo Conor para fora da proteção de sua rotina e instigando-o (de maneira respeitosa e cuidadosa) a explorar o mundo fora do que os livros narram sobre ele.

Eu simplesmente amei o cuidado com que Aidan se aproximou de Conor e tornou-se parte de sua vida. Como, para ele, não existiu qualquer barreira de preconceito inicial, mas sim, admiração e atração que o fizeram investir em seu relacionamento com Conor. Pesquisando sobre a Síndrome de Asperger, preparando o outro para mudanças, mostrando para ele que estava seguro e que novidades não faziam mal e enchendo-o de amor.
O carisma de Aidan já havia me conquistado e meu coração parou de bater nos momentos críticos do livro. Pensei "será que me enganei a respeito delew", porém, a T.S. Rodriguez criou um personagem muito coerente para por si e também para servir de suporte para Conor, um personagem mais imprevisível, principalmente para quem não conhece ou convive com um Aspie.

"- Você me beijou - o escritor disse quando suas bocas se separaram.
- É. Eu beijei.
- Você disse que nós seríamos amigos. Os amigos não se beijam, Aidan.
Aidan sorriu satisfeito. - Acho que não. Mas nós somos bons pra caramba nesse negócio de nos beijar. Seria um pecado desperdiçar esse talento." - pg 68

Que riqueza foi o Conor! É até difícil descrever o quão sensacional foi acompanhar sua guarda baixar e todas as coisas incríveis que isso o fez vivenciar. Não só o romance envolvente com Aidan, mas as surpresas, os prazeres e as dores de viver nesse mundo imprevisível e sem controle.
Apesar de muito inteligente, Conor enfrenta grandes barreiras de entendimento do que é e como funciona um relacionamento, seja qual for ele, amistoso, parental, romântico, mas seu esforço, assim como o de Aidan para entender como o mundo funciona pelos olhos do outro pagaram cada ataque cardíaco que mal entendidos e conflitos me causaram. Essa falta de experiência e o próprio enfrentamento do novo tornam Conor um personagem delicado e  imprevisível. Suas reações a cada situação são inesperadas e nesse momento Aidan apareceu para dar solidez e suporte ao namorado. e apreciar os fofos e doces avanços de Conor no quesito romance.

Conor e Aidan se completam além de qualquer dificuldade e apesar do livro não ser erótico ou explícito, o curto slow burn e a sinceridade de Conor em seu interesse por Aidan funcionam muito bem para deixar o romance entre eles sexy e quentinho, do jeito que a romanceira gosta!

Eu agradeço a autora T.S. Rodriguez por ter criado essa estória tão linda, delicada e informativa. O jeito como eu entendi a Síndrome de Asperger através de Não Possui Manual de Instruções foi compreensivo e tocante, vai além de uma definição e se aplica numa estória onde opostos se atraem, quebram a cara, aprendem e completam-se, sem causar mal um ao outro. A autora me fascinou dando um final feliz, real e coerente a um casal que enfrentou tantas dificuldades.
E um parabéns do fundo do meu maravilhado coração por essa arte de capa tão preciosa e encantadora! O melhor de tudo: fomos presenteados com uma estória LGBTQA com final feliz!

Como o mundo precisa entender que a felicidade entre casais homoafetivos (apesar do monstruoso preconceito que ainda existe na sociedade) existe, é real, tão real a ponto de alcançar as páginas de livros em gênero ficcional. E a autora fez esse trabalho precioso lindamente!

Até a próxima, romanceiras (os)! #FICAEMCASA



8 de abril de 2020

[RESENHA] Mangá| Calling, Miu Ootsuki


Ficha Técnica
Título: Calling
Autor: Miu Otsuki
Gênero: Boys love| LGBTQ+| Erótico
Editora: New Pop
Ano: 2009
Sinopse: Um maçante assalariado chamado Kazuaki Hinamura voltava para casa depois do trabalho e passou por um parque onde trocou olhares com Kira Aratani, um ator de filmes pornô que estava gravando algumas cenas no local. Kazuaki fica sem jeito e foge, mas, no dia seguinte, Kira o esperava na frente do parque e lhe diz que se apaixonou à primeira vista por ele.



A premissa de "Calling" é, com certeza, bem empolgante.
Um uke (indivíduo passivo de uma relação entre pessoas no mesmo sexo) e um seme (indivíduo ativo de uma relação entre pessoas no mesmo sexo) bem definidos por suas características físicas, comportamento e até mesmo por suas profissões (um assalariado de escritório e um ator pornô) com rotinas completamente opostas em questão de normalidade.

O Kira é um personagem muito divertido, fofo e sexy e que mesmo tendo o cenário da indústria do sexo vinculada a si, consegue agir com bastante leveza e até com certa timidez com o Kazuaki.
Este, entre muitas das gravações de seus filmes de conteúdo adulto, se apaixona instantaneamente por Kazuaki, após um acidente que promove o primeiro encontro entre os dois. A partir daí, Kira começa a stakear seu alvo e vai aos poucos inserindo-se em sua rotina, com demonstrações graciosas de cuidado e carinho, até que Kazuaki aceita um de muitos seus convites para sair e daí floresce uma amizade muito significativa para ambos, já que, um representa para o outro a normalidade e a loucura que precisam para balancear e curtir suas vidas.

Kazuaki é um personagem super recluso e com aqueles toques de delicadeza dedicados aos ukes, mesmo os já adultos. Este, após deixar Kira se aproximar e com isso, alguns aspectos da industria do sexo, começa a se abrir ao mundo, a suas diversões e possibilidades além das paredes do escritório e até mesmo ao flerte com uma amizade que tem tudo para ser "muito mais".
Os dois são extremamente fofos juntos e o slow burn entre eles deixa o leitor completamente preso a leitura.


Entretanto, o resultado do fogo baixo com o qual esse casal queima é o que eu não curti.
Em determinada situação quentíssima da estória acontece um episódio de assédio sexual de Kira contra Kazuaki e a partir daí, este fica naquela neura de perder uma amizade valiosa e cai no buraco negro do "vou transar com ele, estou pronto para isso". Mas essa escolha se dá por total influência de Kira, que força uma situação de afastamento do outro e, no início de uma paixão recém descoberta, Kazuaki teme por perdê-lo se não der o que o outro deseja.

Essa motivação me decepcionou bastante e apesar de o mangá ser +18 com cenas de sexo bem gráficas (o que eu adoro) acabei não curtindo por essa manipulação sentimental fictícia nas páginas, mas que também é tão real e contemporânea em milhares de relacionamentos abusivos pelo mundo. E, é lógico, pelo evidente assédio, que é perdoado de maneira bastante romantizada e assinala mais uma grave questão que deveria ser tratada corretamente na estória.

No quesito artístico (não entendo nada disso) eu gosto bastante do traço da Miu Ootsuki. É longilíneo, porém arredondado, daquele jeito que deixa os personagens com rostinhos fofos, parecendo chibis (tipo de traço pequeno que deixa o personagem mais fofo) e as cenas explícitas não perdem esse traço gracinha, contrastando a inocência de Kazuaki e a sensualidade e potência de Kira.

Então é isso, pessoal! Esta é uma estória que poderia ter sido nota 10 para mim, mas que, devido as impressões anteriores, que condenam as partes boas, eu mal consigo avaliar.

Continuarei a ler alguns outros mangás "boys love" da Miu Otsuki para entender melhor se essa é uma característica da escrita dela ou não e conto em breve para vocês!

Um beijo e até a próxima! #FICAEMCASA


1 de abril de 2020

[RESENHA] Antologia em quadrinhos: Histórias Quentinhas Sobre Sair do Armário


Ficha Técnica
Título: Histórias Quentinhas Sobre Sair do Armário
Autoras: Annima de Mattos, Aline Lemos, 
Ellie Irineu e Renata Nolasco
Gênero: História em quadrinhos, 
romance, LGBTQ+
Ano: 2019
Sinopse: Ser LGBT não é fácil. Mas isso não quer dizer que não merecemos finais felizes.

Histórias Quentinhas Sobre Sair do Armário é uma coletânea de quadrinhos sobre experiências queer, todas com finais felizes e quentinhos pra encher o coração do leitor de esperança.



Quem me conhece ou acompanha as resenhas aqui do Rommy Lit sabe que eu para mim, não existe distinção. Amor é amor, romance é romance seja quem entre for. Amo tanto romances com relações heterossexuais, quanto homossexuais entre humanos, dragões, aliens e todos os tipos de raças (rsrsrs). Então, assim que bati o olho nessa antologia lá na Feira Miolos de 2019, soube que precisaria ler! E acabou sendo aquela compra certeira, porque eu me emocionei e diverti muito com cada uma das estórias.

Histórias quentinhas sobre sair do armário reúne 4 estórias em quadrinhos, cada uma de uma autora diferente e todas abordando, de alguma maneira, a situação, o sentimento e as mudanças provocadas por assumir uma diferente orientação sexual e identidade de gênero não só para os personagens em si, mas para o mundo a sua volta, principalmente para a relação de cada um com o seu círculo de convivência. 
Distantes dos comumente vistos retratos midiáticos sobre a comunidade LGBTQ+, que terminam sempre de forma trágica, essa antologia traz o que é também uma verdade, a diversidade e os finais felizes andando de mãos dadas!

💜 O quadrinho "Lua Crescente", foi escrito pela artista Annima de Mattos (@artbitch.jpg) e segue a transformação visual de uma personagem de feminina para masculina. O transformar do personagem é muito bonito e emocionante, conforme ele vai literalmente "vestindo" quem realmente é por dentro. É como uma metamorfose, mas que, infelizmente, tem também seus momentos de medo e insegurança perante a sociedade, que torce o nariz e agride tão veementemente indivíduos e ideais da comunidade LGBTQ+.
Eu simplesmente adorei acompanhar essa transformação libertadora, ainda mais nos traços simples e lindos da Annima de Mattos.




💛 "E Daí?" é o quadrinho de Aline Lemos (@desalineada_) para a antologia e conta sobre os ataques indiretos que a personagem principal da estória sofre convivendo com uma família e um círculo de amigos (alguns deles) intolerantes, quando nenhum sabe de sua orientação sexual.
Confesso que essa estória me deixou um pouco mais mexida, porque é comum termos algum familiar intolerante e ignorante, que vive largando a opinião que ninguém pediu aos quatro ventos. Então, eu já passei por esses tipos de situação e sendo heterossexual ou não, qualquer pessoa que tenha o mínimo de caráter e empatia se sente incomodado com isso.
Entretanto, a história conta também com um círculo empoderador e acolhedor de mulheres que fazem florescer no peito da personagem o sentimento de orgulho de quem é e resistência contra esse comportamento deplorável. Então, ao mesmo tempo que aflora péssimas memórias sobre preconceito, lembra a todos nós que a resistência existe, firme e forte, educativa e combativa!
O traço da Aline Lemos (estou falando de traço mas não entendo basicamente nada disso) é todo fofo e redondinho, foi uma HQ também muito agradável aos olhos!

💙 "Melhores Amigas" é emocionante e gracioso demais para o meu coração!
HQ da Ellie Irineu (@ellie.irineu) conta sobre o relacionamento de um casal de amigos durante toda a sua infância, adolescência e juventude. Como descobrem sobre a orientação sexual de cada um, como se defendem da ignorância exterior ao decorrer do tempo e como algumas questões dessa amizade podem estar escondidas, mas o amor por quem realmente são e representam um para o outro é inabalável.
Esse resumo é curtinho, porque é difícil falar dessa estória e desviar dos spoilers. Mas eu garanto que é de esquentar o coração! É muito emocionante ver a força e a verdade com que o sentimento de apoio e companheirismo vai deixando para trás as barreiras que poderiam abalar essa amizade.
A Ellie Irineu desenha belamente, com traços grossos e arredondados (não sei porque mas tenho essa predileção a traços arredondados) e todos os personagens são muito fofos e tem muita personalidade. Obrigada por encher esse auto-isolamento de amor, Ellie!

❤️ E o último HQ é "Meia da Sorte", da Renata Nolasco (@atxnolasco) e é simplesmente bárbaro!
Beto e Túlio são amigos e colegas de apartamento e após irem a um bar gay, Túlio descobre que Beto (alguém por quem tem um crushzinho de leves) também se relaciona com pessoas do mesmo sexo. A partir daí uma nova fase dessa amizade é desbloqueada (linguagem de games porque eles também jogam juntos, mesmo Túlio sendo muito ruim), cheia de possibilidades, constrangimentos e mal entendidos. Mas graças a sorte dada pelo par de meias da sorte de Túlio, o destino dos dois amigos pode terminar muito que bem.

AHHHHHHHH (grito horrível de foca). Não consigo explicar o quão apaixonada eu estou por esse casal! Túlio e Beto são muito divertidos, competem entre si no projeto de biologia e são cheios da timidez! É aquele casal atrapalhado que a gente quer MUITO que fique junto, mas ficamos com um certo medinho por não saber a orientação sexual do outro e tal.
As referências pop e manias muito gente como a gente dos personagens me fizeram ler em um piscar de olhos e voltar para ler novamente, de tão triste que fiquei por ter acabado.
O traço da Renata é muito fofo, característico e despreocupado.  Combina perfeitamente com o desenrolar dessa estória!
Parceria, conflitos mentais e grandes doses de fofura permeiam essa estória e essa antologia no geral!
🌈
Parabéns as autoras pelo trabalho necessário e sensacional! A arte é o melhor meio de ensino, acredito que através da vivência que compartilhamos com os personagens, nossa empatia cresce e a facilidade de compreender e respeitar o outro e o mundo tornam-se muito mais palpáveis.
E muito obrigado a Annima de Mattos, Aline Lemos, Ellie Irineu e Renata Nolasco por nos presentear com essa antologia e por continuar criando e investindo na arte!

Leitorxs queridxs, as contas no Instagram de cada autora está linkada alí nos @s. Sigam, comentem, compartilhem essa arte tão preciosa e adquiram Histórias Quentinhas Sobre Sair do Armário. A publicação é independente e merece 100% o seu rico e suado dinheirinho!




  E se você nem leu o primeiro livro e já amou, saiba que um segundo volume da antologia, chamado Histórias Quentinhas Sobre Existir está em produção graças ao financiamento coletivo lá no Cartase! 
Você pode contribuir com valores de R$ 10, até onde o seu coração mandar e além de ajudar na publicação com o seu dinheiríneo, você ainda leva pra casa mimos dos mais fofos já vistos
Prazo para contribuição até o dia 11 de abril (link AQUI madames).

Fomente a arte e a diversidade no nosso Brasil!

Um beijão e até a próxima! #FICAEMCASA

20 de janeiro de 2018

[POST FIXO] Lançamentos Internacionais 2018: Janeiro


De 01 á 15 de janeiro
* link para compra na Amazon no post do Instagram
*é só clicar no nome do livro que você deseja conhecer e será redirecionado 











Em breve lançamentos de 15 - 31 de janeiro

Grande abraço!
20 de março de 2017

Séries: Eyewitness



Eyewitness
Ano: 2016
Gênero: Thriller
Emissora: USA Network (Eyewitness é baseada na série norueguesa Øyevitne)
Temporadas: 1 (10 episódios)

Eyewitness é uma série meio complicada. Seu evento principal, o ponto de partida, implica em vários outros aspectos da série. Mas vale a pena montar esse quebra-cabeça.
A série gira em torno de um assassinato em uma cabana, presenciado por dois garotos, Philip e Lukas. Estes conseguem fugir do executor e livram-se da arma do crime, que usaram para se defender. Aí você pensa: espera! Se livraram DA ARMA DO CRIME?! WTF?
Mas a questão é que os dois não podem contar o que viram. Philip e Lukas mantém um relacionamento amoroso, que, caso descoberto, pode colocar muitas coisas em risco, como a carreira de Lukas no motocross e a aceitação do seu pai, muito importante após a morte de sua mãe.
Eles imaginam que o executor foi morto graças a algumas informações mal interpretadas, quando o crime passa a ter o conhecimento de Helen, mãe provisória de Philip - depois que a mãe biológica dele perdeu sua guarda - e xerife da cidade de Tivoli. Através de Helen, que segue seus instintos, e interfere sorrateiramente na investigação assumida pelo FBI, os dois jovens descobrem que o assassino está vivo e então, uma sequência de crimes misteriosos apontam uma realidade de perigo para os dois.

Eu AMEI essa série (já maratonei 2x em menos de um mês). Descobri Eyewitness graças a um gif no We Heart It, que comparava os casais Philkas (Philip e Lukas) com Evak (Evan e Isak), de outra série que eu AMEI IDOLATREI, chamada Skam (resenha em breve).
E como estamos em um blog sobre romances, eu (se fosse vocês) imaginaria que o ponto alto para a minha paixão fosse "o par romântico". Em parte vocês (eu) estão certos. O grande segredo da série é segredo só para os personagens. O primeiro episódio já mostra Philip e Lukas envolvidos romanticamente. Eles são muito fofos enquanto se descobrem e como eu adoro romances LGBT, foi muito bacana acompanhar a evolução do casal, um deles levando sua opção sexual com muito mais leveza do que o outro, que tenta manter uma mentira para não perder a aprovação do pai e da comunidade. E tudo isso não deixando a mentira/álibi que eles deram desmoronar. O drama da convencional (na maioria das séries que envolvem o tema) descoberta sexual foi substituído por um sentimento bem mais pesado, onde os dois se amam, mas acabam se machucando para manter uma farsa, quando ambos já sofrem com a pressão de serem testemunhas de um crime.  Foi sensacional ver um casal gay protagonizar uma série. Ponto. Normalmente a representatividade na TV vem embrulhada em personagens coadjuvantes. Agora, mais maravilhoso ainda, foi assistir uma trama onde o foco não é só esse. Deu a sensação de normalidade com que as relações homossexuais devem ser vistas sempre.

Outro ponto que me fez bater na mesa e gritar "ESSA. SÉRIE." foi que, ao invés de só o casal Philkas protagonizar a série lidando com auto conhecimento enquanto fogem de um assassino, mais um protagonista aparece e rouba a cena. 
UMA protagonista. 
Hellen Torrance, a mãe provisória de Philip. Hellen era uma investigadora sensacional em na cidade de Buffalo, entretanto, após um incidente no resgate de uma criança, ela cai em depressão e em um momento de desespero acaba parando em Tivoli,  onde conhece Gabe, seu atual marido. Gente, a Helen e mais outras mulheres da série como Kamila e Sita são maravilhosas. Pensem em personagens muito bem desenvolvidas, independentes, ótimas profissionais e que botam pra ferrar. Elas, juntamente com o criminoso, fazem a série andar de um jeito muito legal, menos "aqui está a pista" e mais "encaixe essa peça e solucione o mistério". Eu adorei mais essa representatividade. Não como uma mulher forte cercada de homens, mas várias mulheres espalhadas pelo enredo, todas influenciando vitalmente no desenrolar da trama.
A organização dos acontecimentos foi a única coisa que, para mim, deixou a desejar. Inicialmente, o crime principal tem influência e participação de tantas outras pessoas, que fica difícil entender o motivo de cada um estar envolvido nele. Como eu disse, assisti a primeira temporada duas vezes e ainda assim, continuei com algumas dúvidas. Já o decorrer da série é bem empolgante. Muitos personagens significa muitos acontecimentos chocantes, que não me deixaram com tédio em momento nenhum. Tem ação, terror psicológico, romance e drama. Tudo isso com uma fotografia linda de se ver, com aquele tom aconchegante de cidade nublada e uma trilha sonora IMPECÁVEL.

Bem gente, espero ter convencido vocês a assistirem Eyewitness! 
A notícia triste é que a USA Network desistiu da série e agora o produtor está procurando um novo canal para continuar essa bênção de série. Muitas páginas no Tumblr fazem constantemente tweet parties para divulgação da série, em busca de chamar a atenção das emissoras através do amor dos fãs, para Eyewitness ganhar uma casa nova.
Fica aqui alguns links de interesse, caso você assista e também AME essa série.

Eyewitness Nation  Twitter  Twitter Adi Studios 

Beijos e até a próxima!


7 de janeiro de 2016

Resenha á Gringa: Orlin's Fall, Amber Kell

Orlin's Fall (Planetary Submissives #2)
Autora: Amber Kell
Gênero: Romance LGBT, ficção científica, erótico
Páginas: 61
Sinopse: Quando Orlin se pôs a venda, ele não sabia que seria responsável por mudar um reino.

Sem dinheiro ou casa, Orlin se põe a venda como um animal de estimação. Abordado por seu novo mestre, Orlin decide que talvez, ser comprado por um lindo rei não seria um destino pior do que a morte. Eele não espera ser a pessoa a mudar a visão de um reino inteiro... ou ser mais do que um amante para o homem que o comprou. 
Ao primeiro olhar para o submisso sexy e brilhando de óleo, Aester Fall sabe que não irá embora enquanto Orlin não pertencer a ele. Ele pode estar se segurando no seu reinado por um fio, mas ele sabe que existem algumas coisas a que vale a pena lutar. Quando ele volta para casa com Orlin, ele aprende que seu novo bichinho pode não ser tão adestrado quanto parecia.
Nenhum deles esperava mudar o destino de um mundo, muito menos o deles dois.


Em Orlin's Fall, no planeta D'lian, Orlin é um jovem criado para a nobreza, mas fica órfão antes disso, após um acidente que leva seus pais de uma só vez. Sem nenhum dinheiro ou status que o ajudem a se manter sozinho e com muitas dívidas que seus pais deixaram para trás, ele tenta de tudo para não precisar apelar para a única opção que não deseja, porém, após muitas tentativas, Orlin se vê obrigado a se vender no mercado de escravos sexuais. Ter um dono durante alguns anos significava segurança, bons cuidados e no final do contrato, dinheiro suficiente para pagar a todos que devia. Mas também implicava a total submissão a um desconhecido.

Aester é rei do planeta Prallen e nas leis há muito estabelecidas, um rei de confiança necessitava de um casamento ou, ao menos, de um escravo para lhe fazer companhia. Ele não tem interesse nenhum em casamento, porém com a insistência de seus irmãos e conselheiros do reino, cede a expectativa d seu povo e parte para tal tal tal, famoso pela qualidade dos seus leilões de escravos. Aester imaginava que ninguém chamaria sua atenção, até um lindo e tímido moreno ser disponibilizado para arremate. Orlin era tudo o que atraía o rei e ainda oferecia a raridade de ser virgem. 

"- Me veja. Eu não quero que você imagine mais ninguém no meu lugar.- Eu... eu jamais faria isso - Orlin disse, com a voz partida.- Ótimo, porque pelos próximos cinco anos eu sou a única pessoa que conhecerá o seu toque ou que tocará você. Você não encontrará outro homem ou mulher para ter do seu lado. Eu serei essa pessoa".
Orlin's Fall é o segundo volume da série Planetary Submissives e pode ser lido como livro único. 
Vocês devem ter visto que eu li e resenhei um título interplanetário em 2015, The Starlight Rite. Gente, eu amei demais esse sub gênero (não sei se posso chamar assim). Os livros que acontecem em outros planetas são babado porque os autores perdem a cabeça e criam as mais loucas criaturas e costumes e normalmente, os outros planetas são comandados pelo regime aristocrático, o que rende aquela antiga história de amor entre o nobre e o plebeu. Que é old, mas é gold! Enfim, mesmo com a loucura de possibilidades, um ponto parece se repetir entre eles. Os escravos sexuais (parou a palhaçada que ninguém aqui quer virar escravo de ET, né, plm).

Esse livro é extremamente curto, com 62 páginas, o que me deixou confusa e depois chateada. A Amber Kell é tipo, a grande maga da literatura erótica LGBT. Sempre fui curiosa para ler alguma coisa escrita por ela e esperava realmente que ela se aprofundasse mais no enredo e nos personagens que renderiam maravilhas, mas, para a minha tristeza, em alguns momentos me pareceu até que estavam faltando algumas páginas do livro. A mudança dos acontecimentos e a evolução do relacionamento entre Aester e Orlin passando tão rápido que fiquei com aquela impressão chata de automático. O enredo é bem diferenciado e como eu disse acima, se a autora estivesse disposta a gastar mais tempo e mais palavras com ele, teria ficado show. 

Aester esperava que seu novo bichinho de estimação fosse tão domesticado quanto parecia, porém Orlin chega em sua nova casa disposto a apenas cumprir com os seus deveres, sem abrir mão de quem é. Com a sua inicência e coragem, conquista a classe trabalhadora de pouco a pouco, assim como a consideração e o amor do rei. Quando um ritual de transição de Orlin é ativado por seu novo dono, uma surpresa o coloca entre conquistar de volta a sua liberdade e finalmente tomar o lugar na nobreza para o qual foi preparado ou permanecer ao lado de Aester, como muito mais do que um escravo. Mas como seu companheiro no trono e na vida. 

"- Sabe, essa regra sobre carregar bichos de estimação no colo poderia ser uma boa para ser abolida. Eu vou perder os meus músculos tonificados. - Aester levantou Orlin mais perto do peito.  - O conceito original de carregá-los é que você não pode lutar contra o inimigo se você estiver segurando o seu amante perto".
Eu achei a criação dos planetas, dos diferentes costumes, dos poderes paranormais, até mesmo as modificações bem modernas dos costumes mais antiquados, sensacionais! Tudo é conhecido, mas ainda assim, com adaptações que nos deixam coradinhos! O romance foi abrupto, mas as cenas entre Aester e Orlin contaram com referências de dominação e submissão, porém bem mais suaves, só para ressaltar a realidade do dono e a aquisição. A Amber Kell arrasa com aquela sensualidade, onde conta pouco e deixa muito a imaginar! 

Orlin's Fall é uma viagem sexy no passado dos costumes humanos, com o pano de fundo de um planeta alienígena. Fofo, sexy e mega criativo e me deixou louca por mais!

Avaliação: ★★★

Beijos!
Aline Azevedo
 
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