RESENHA DE DORAMA: Romance Is a Bonus Book
Resenha: Simplesmente Ana, Marina Carvalho
Resenha: Swag, Cambria Hebert




22 de outubro de 2013

Projeto Com amor, por favor, sem flash: 2º sorteio

Oi, gente! Ufa, demorou (graças a super ultra mega greve dos correios), mas aqui está a segunda carta que recebi do projeto "Com amor, por favor, sem flash", que essa semana foi surpreendente. A primeira carta que recebi foi um tipo de introdução da minha amiga secreta, contando um pouco sobre a vida dela, mas a segunda carta foi um teto super legal da Julia Simor, do blog Winter Little Lover  criado em cima do tema "Música favorita". Eu não sou tão boa com contos, mais um motivo por eu ter gostado tanto da carta e também porque o final foi surpreendente (nunca tinha ouvido a música na qual ela foi baseada). Confiram!




Um Lugar Chamado Nightmare – Welcome to my Nightmare de Alice Cooper


Era uma vez um lugar chamado Nightmare, um lugar peculiar, diferente, constantemente inconstante. Facilmente irei explicar-lhe como era esse lugar, porém dificilmente você vai entender, é mais do que parece, mais importante do que um simples porão, apesar de ser um porão.
Com paredes escuras manchadas, enfeites brilhantes dos anos 70 e 80 e pôsteres de filmes e bandas de todos os tipos, Nightmare, como chamavam seus habitantes, era muito mobiliada, pequenos sofás estavam por todo lugar, estantes repletas de livros, CDs e discos. Mas o chão era a parte preferida da maioria, um carpete bordô, macio, tão velho que podia causar coceira aos mais sensíveis.
E por “habitantes” me refiro aos adolescentes que passavam manhãs, tardes e noites nesse porão, divertindo-se como se divertem os adolescentes.
Contemos hoje, a história de uma garota chamada Amelia, 16 anos, flor da idade. Pois deves pensar que bela deve ser a menina, por ser personagem principal de tal conto, deve ser extraordinária! Mas pelos fatos, sim, extraordinária ela é, porém bonita é algo que entra em discussão. Mas sem mais conversas, comecemos nossa narração:
Levantei. Escovei os dentes. Tomei banho. Comi panquecas no café-da-manhã. E fui para a escola. Ser aluna nova é horrível até para o mais sociável, e nós, tímidos “antisociais”, sofremos ainda mais. Eu tinha apenas um amigo na última escola, e ele se mudou no meio do ano passado, então não é como se eu estivesse “abandonando” alguém da antiga escola, mais ainda assim, odeio as apresentações.
“Olá, meu nome é Amelia Ravena, tenho 16 anos e gosto de ouvir música”
Meus pensamentos foram perturbados com o movimento da freada do ônibus, cruzando os dedos mentalmente, dirigi-me à entrada. Sendo observadora como sou, tratei de dar uma boa olhada nos alunos mais próximos, mas todos me pareceram extremamente previsíveis, as patricinhas, os esportistas, os nerds, enfim... Até que entrou um garoto de cabelos pintados de cinza, olhos azuis escuros, muito pálido, vestido com uma calça larga preta com correntes, uma camiseta do álbum Nightmare de Alice Cooper e um sobretudo que eu tive muita vontade de roubar.
Ele olhou-me, sorriu e veio em minha direção.

– Oi – Disse ele ainda sorrindo.
– Olá – Respondi alegremente, ou quase.
– Você é a aluna nova.
– Sim – respondi, mesmo não sendo uma pergunta.
– Meu nome é Jon.
– Jon?
– Tá, esse não é meu nome, mas devia ser. – não me aguentei, ri.
– Meu nome é Amelia.
– Prazer em te conhecer Amelia, se importa se eu sentar com você?
– Sim.
– Bom, sentarei assim mesmo. – disse com um sorriso.
– Metido.
– Desagradável.

E foi assim que ficamos amigos. Eu sei que pareceu normal e sociável, mas para mim foi muito estranho, pois geralmente eu seria muito mais tímida que isso, acho que tivemos uma conexão (risos). Nós passamos a sair juntos, fomos ao cinema, e até ao teatro, até que ele me levou na casa do Brad (não, eu não acho que esse seja seu nome de verdade – falando nisso, o nome do Jon é Marcos) onde tinha um porão incrível, que por algum motivo eles chamam de Nightmare.
Ouvimos música e vimos um filme, e tinha algumas pessoas fumando, mas elas se mantiveram longe, por respeito. Na mesma semana, eu conheci minha segunda amiga, Jenny (apelido de Jennifer), no shopping, ela é o tipo de pessoa que nunca imaginei que seria minha amiga: magra, loira, levemente bronzeada, extremamente ligada à moda, Jenny era uma patricinha nata. E ficamos amigas do jeito mais estranho e cinematográfico: eu roubei o milk shake dela e saí correndo (talvez eu estivesse um pouquinho alta).
E assim, nos tornamos cidadãos da pequena gigante Nightmare, aproveitando os muitos filmes e a boa música. Infelizmente, após alguns meses, nós morremos, mas ainda vamos lá, se um dia aparecer por lá, chame por nós.


Adorei a sua carta, Julia! Alguma ligação com a sua realidade? Ah, que delícia de porão, queria um lugar ok assim pra passar o tempo (tirando a parte a parte da morte). E a foto é ótima também, no momento em que abri o envelope e a vi, fiquei meio (?), mas depois de ler o texto, a entendi. Obrigada pelo carinho e que venham mais cartas!

Quer participar do projeto? Conheça mais sobre ele aqui!


Beijos!
Aline, Uma Leitora

1 comentários:

  1. Oi, Aline!
    O seu post ficou muito legal. Gostei muito!
    E estou passando para agradecer novamente sua cartinha e dizer o quanto gostei dela, do texto, da música... enfim... de tudo. Obrigada!!! :)
    Beijos!

    Café com Leituras!
    http://cafecomleiturasneriana.blogspot.com.br/

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