RESENHA DE DORAMA: Romance Is a Bonus Book
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Resenha: Swag, Cambria Hebert




14 de novembro de 2014

Resenha: Obstinada, Sylvia Day


Obstinada (Georgians #1)
Autora: Sylvia Day
Gênero: Romance histórico/erótico
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 295
Sinopse: Londres, 1770. Debaixo de toda a seda e renda da sociedade londrina se encontra uma organização secreta de espiões de elite. Proteger a Coroa de seus inimigos é uma tarefa árdua, mas, para Marcus Ashford, proteger seu coração de uma obstinada paixão é um perigo ainda maior. Como agente da Coroa, Marcus Ashford, o Conde de Westfield, já enfrentou inúmeros duelos de espada, foi atingido por dois tiros e se esquivou de mais disparos de canhão do que poderia contar. Porém, nada o excita mais do que o primitivo apetite sexual de sua ex-noiva, Elizabeth. Anos atrás, ela o preteriu pelo charmoso Lorde Hawthorne. Mas agora, Marcus deve defender a elegante viúva, e o fará ao mesmo tempo em que cuida de suas outras, mais carnais, necessidades, mostrando a ela até onde vai o real desejo de um homem. 

Ok, me matem, mas eu nunca tinha lido nenhum dos romances históricos da Sylvia Day. Ainda carregava aquela imagem envolvente e louca que a autora traz durante toda a série Crossfire e posso dizer, Obstinada me fez enxergar um lado totalmente diferente e apaixonante da Sylvia.

Obstinada apresenta ao leitor todos os pontos chave do século XVIII, o comportamento recatado das mulheres, os homens devassos, os temas diferenciados, etc. Todavia, o casal principal, como sempre, é aquele que se destaca na multidão. Elizabeth e Marcus vivem como cão e gato. Após ser abandonado em pleno noivado e trocado por um outro homem, Marcus vive de sua amargura e tem sede de vingança. Todavia, quando tem a oportunidade de ter Elizabeth de joelhos, a luxúria que assombrou seus anos de solidão e remorso falam mais alto, pintando o livro com uma quantidade sufocante e diferenciada de sexo. Notando o desmoronar das resistências de Elizabeth e das suas próprias, Marcus aposta conquistá-la em alguns dias afastados da cidade e que se tiver êxito, terá sua mão como recompensa.

Em meio a tudo isso, um misterioso diário põe a todos em risco. Marcus é um investigador da coroa e seu novo caso coloca não só o bem estar de sua ex-noiva em suas mãos. O diário codificado de seu ex-marido, o falecido Hawthorne, é cobiçado por mentes perigosas e perspicazes, que não hesitarão em tomar a vida da mulher em troca das informações valiosas que os escritos trazem. Com a certeza que o criminoso em questão é o lendário pirata Christopher St. John, seu arque inimigo, Marcus tenta dar mais importância a sua vingança, tendo de escolher colocar a mulher da sua vida em perigo para concluir uma missão antiga ou mantê-la segura e arriscar seu próprio coração a se apaixonar perdidamente mais uma vez e pela mesma mulher que destruiu os últimos anos de sua vida.

- Você não está satisfeito com a quantidade de mulheres que corre atrás de você? 
- Não - ele respondeu com sua habitual arrogância. - Ficarei satisfeito quando você queimar por mim, quando eu invadir cada pensamento e cada sonho seu. Um dia, sua paixão será tão arrebatadora que cada respiração longe de mim irá rasgar seus pulmões. Você me dará qualquer coisa que eu desejar, quando e como eu desejar.

Eu adorei esse livro! Romances históricos são a minha paixão por um simples e mas imprescindível motivo: a falta de tecnologia, de evolução.
Nos livros atuais é tudo tão simples e complicado graças a tecnologia envolvida neles, mas nos históricos, o romance é isolado, não sofre grandes interferências. Além disso, ver toda a tradição e os costumes obrigatórios serem lançados aos quatro ventos por um bom e carnal romance é uma recompensa valiosa para qualquer leitor.

Em Obstinada Marcus e Elizabeth queimam com o fogo de mil sóis, sem brincadeira. O ódio e ressentimento que um sente pelo outro, em junção com a paixão contida que os dois acabaram por não viver acenderam uma pira que nem mesmo páginas e páginas de paixão conseguiram apagar. É aquele casal que dá a cara a bater e a cada provocação, acaba por atrair o outro ainda mais para si. Marcus, com sua arrogância e convencimento que beiram o irritante e Elizabeth com seu espírito livre e toques feministas conquistam o leitor por sua incompatibilidade visível e pela maneira como, no amor e na paixão, esses opostos se encaixam com perfeição.

Narrado em terceira pessoa, Sylvia Day trabalha perfeitamente ao narrar os extremos do amor e do ódio, do orgulho e do peso e consequências que uma paixão pode trazer a vida.
Fiquei muito feliz em ver que mesmo ainda tendo como forte as cenas sexuais, a Sylvia conseguiu ainda tornar essas cenas novas. Para uma autora que investe nesse ponto, deve existir um momento em que não existe mais novidade, todavia, aqui estou eu, ainda apaixonada pela escrita e construção de cada projeto dessa mulher. 
O mistério, a paixão, a magia do século XVIII e claro, uma paixão flamejante e complicada, sem dúvidas me deixaram obstinada em ler o restante da série Georgians rapidinho, rapidinho!

"- Cretino!- Cretina - ele rebateu. Tentando me seduzir, oferecendo o céu com uma mão enquanto com a outra me nega a entrada."

Se você procura um livro com mulheres armadas salvando o traseiro do sexo masculino e com homens frágeis como cristal e loucos de possessividade e paixão, esse é o seu romance. E se você apenas gosta da escrita da Sylvia Day, sempre tão detalhada e impecável mesmo quando aposta no tradicional, esse também é o seu livro do momento. Tá vendo? Com a Sylvia Day não tem erro. É se apaixonar de imediato ou ser seduzido aos pouquinhos por esse escrita tão boa!

A Universo dos Livros toda luxuosa com essas capas lindas em papel mate, com toque aveludado e claro, como muitas jóias e muito glamour nas capas. Limpas e belas. Contamos também com páginas amareladas e fonte em tamanho confortável para qualquer míope da vida, como eu. 

Avaliação: 

Beijos!
Aline, Uma Leitora

1 comentários:

  1. As edições desta série são lindas e eu adorei saber que é um romance de época, são meus preferidos, mesmo que as mulheres não fossem tão livres, o clima era tão romântico.

    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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