Simplesmente Ana (Simplesmente Ana
#1)
Autora: Marina Carvalho
Gênero: Romance, Young Adult
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320
Sinopse: Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um
rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele
para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha…
Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem
real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia
e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o
insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como
aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar
com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que
Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma
gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que
príncipes encantados existam.
Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas
que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à
vida adulta.
Em
Simplesmente Ana, Ana Carina, uma jovem estudante de direito de Minas Gerais,
conta, em primeira pessoa, a transição de uma vida comum no Brasil, para outra,
essa de conto de fadas, após descobrir que o pai que nunca conheceu até os seus
vinte anos, é simplesmente rei de um pequeno país no leste europeu. Com essa
descoberta, não só a paternidade misteriosa muda, mas também, o cenário do
quente Brasil, para a fria e florida Krósvia, os amigos de faculdade e família
coruja, para um pai super importante e queridos súditos. E de um romance
deixado em stand-by logo no começo, para um amor que surpreende por sua
intensidade e também por seus inúmeros empecilhos.
Olha, eu não
gosto de suspense, então vou botar as cartas na mesa.
Eu ADOREI
ler Simplesmente Ana. No início eu esperava um romance clichê de realeza, do
tipo O Diário da Princesa, então eu comecei a leitura esperando algo que eu já
conhecia, mas com fé na originalidade de uma autora nacional como a Marina
Carvalho. E cara, eu encontrei muitos exemplos dessa originalidade. Uma leitura
que eu esperava ser despretensiosa, logo nas primeiras páginas apresentou uma
mescla de elementos modernos e tradicionais, como um encontro proporcionado por
uma busca no Facebook, em conjunto com a imagem de uma família real. A partir
daí eu fui ficando mais empolgada com a leitura.
De todas as
coisas legais que a autora criou, uma das que eu mais gostei foi que a Krósvia
foi revelada para mim através do olhar da Ana e revelada para ela, através do
olhar e das histórias contadas por Alex. Ele não monopoliza todas as
experiências dela, mas achei bem interessante como a imagem desse novo país
para a personagem principal é construída a partir da sua própria impressão, mas
também da impressão de um morador, que não só tem uma memória afetiva do lugar,
mas também acaba deixando uma nova lembrança amorosa nesses locais, justamente
por estar com alguém a quem está se apaixonando. Não sei se fui só eu que senti
isso, mas a cada ponto do país que o Alex apresentava para a Ana, eu sentia a
estória com maior intensidade, e isso tornou a minha experiência de leitura
fabulosa e essa história de amor muito mais emocionante.
"Senti dedos longos e ásperos procurando os meus. Eu não esperava que Alexander fosse se aninhar a meu lado, nem que tivesse intenção de segurar minha mão. Levei o maior susto, embora soubesse que era um gesto inocente, tranquilizador, sem segundas intenções.
Deixei que ele fosse meu apoio e não senti vergonha ao me recostar nele, minha cabeça descansando confortavelmente em seu peito. Alex reagiu fazendo carinho em meus cabelos com a outra mão.
Suspirei, mais relaxada do que deveria, vamos combinar.
--Eu ainda não disse que você está linda. – elogiou ele, devagar. Sua voz saiu distorcida devido à nossa posição.”
Eu também adorei
a maneira como a Ana passa de um oposto a outro em poucos dias da sua vida, mas
não para extremos opostos de sua personalidade. Aliás, manter-se firme em quem
é, é o que acaba proporcionando muitos dos momentos engraçados do livro. Com
sua personalidade simples e irredutível, Ana amolece e ganha muitos corações em
seu novo país. O que eu senti falta foi uma participação maior do Andrej (pai
da Ana e rei) no livro. Ele é um personagem muito doce, dos que eu amei logo de
primeira e queria um pouco mais sobre ele (talvez com a mãe da Ana?).
Ana e Alex
começam o livro em pé de guerra, filha perdida do rei e filho postiço do rei,
os dois se estranham logo de primeira, agarrando-se a pré-conceitos, mas
obrigações do destino tornam os momentos juntos em muito mais do que obrigação.
Imagine uma garota brasileira de gênio forte e um badboy krósviano batendo de
frente. Agora imagine um forte companheirismo evoluindo para um amor
irrefreável? Pois é. Apesar do Alex ser meio badboy, não rolou todo aquele
drama de testosterona e isso foi um bálsamo para os meus nervos. Temos uma
porção de empecilhos que trazem muita dor, muitos mal-entendidos, mas que só
trazem mais amadurecimento para os dois.
Durante a
leitura eu imaginei que por ser um livro de princesa, o romance seria mais para
o cor-de-rosa, só que a Marina soube, sem se aprofundar nas cenas de sexo,
tornar cada encontro do casal principal em uma explosão de intensidade,
daquelas de rezar para eles se beijarem e acabarem logo com toda aquela tensão
sexual. E o momento em que eles finalmente rendem-se a paixão é muito lindo e
muito significativo dentro da estória. Eu amei!
Não posso
terminar essa resenha sem comentar sobre o quão incrível foi só ter lido
Simplesmente Ana agora, em 2018. Foi tão emocionante e nostálgico ler a Ana
conversando por MSN e por e-mail (sei que em 50 tons a Ana também conversa por
e-mail, MAS É DIFERENTE). Sério, várias vibes anos 2000. Eu também gostei muito
de cruzar com referências brasileiras e não só nas saudades da Ana, mas no
jeito como ela consegue inserir pão de queijo, feijoada, Jota Quest, Fantástico
no dia-a-dia do Palácio de Sorvinski (onde o rei e a Ana moram). Essa menina é
tinhosa!
"De uma hora para outra, eu me vi diante do meu pai, e um pai que não era qualquer um, não. Simplesmente o rei de uma nação européia, um cara poderoso, influente e... perfeito."
Ler
Simplesmente Ana foi bárbaro! Um livro simples, mas cheio de elementos gostosos
que tornam a leitura fluida e cativante, que muda (ao menos para mim), o jeito
de pensar sobre os livros de princesas, com uma personagem principal forte, mas
doce, um príncipe convencido (e lindo), mas que ama com todo o coração. Com
surpresas e referências a nossa cultura, trilha sonora de primeira, um romance
embalado por muita intriga, mas firme como as cabeça duras de Ana e Alex, tudo
isso embalado em um cenário novo e belíssimo e histórias lindas, dentro de um
livro já lindo.
Simplesmente
Ana é uma trilogia da Marina Carvalho que ainda conta com “De Repente, Ana”, e
“Elena, A Filha da Princesa”. Está mais do que indicado por aqui e espero estar
com a continuação em mãos em breve, pra fazer mais uma resenha cheia de emoção
para vocês.
Você pode
conhecer mais sobre a Marina Carvalho clicando AQUI e adicionar
Simplesmente Ana nos seus desejados do Skoob e do Goodreads!
Conhece mais
alguma estória de princesas que te apaixonou? Comente aqui embaixo, que eu
também quero conhecer!
Beijão e até
a próxima!
0 comentários:
Postar um comentário