La Belle Et La Bête (A Bela e a Fera)
Gênero: Romance/Fantasia
Ano de Lançamento: 2014
Duração: 112 minutos
Sinopse: No ano de 1810, um naufrágio leva à falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas. A família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece ser a única a se entusiasmar com a vida rural. Quando o pai de Bela arranca uma rosa do jardim de um palácio encantado, ele é condenado à morte pelo dono do castelo, um monstro (Vincent Cassel). Para salvar a vida do pai, Bela vai jantar com o mostro diariamente. Lá, encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza e aos poucos descobre o passado da Fera. O monstro se sente cada vez mais atraído pela jovem moça, que usará de toda a sua coragem para destruir a maldição que atormenta seu estranho admirador.
Olá,
pessoal! Mais uma coluna que caiu no esquecimento há algum tempo, mas que,
nessas épocas de férias escolares e friozinho necessita estar de volta. Faziam
muitas semanas que eu não parava com calma para assistir um filme que eu
realmente tivesse interesse. Só aquela coisa de você no sofá, filme random na
TV e acabava assistindo, sem compromisso. E quem, quem teve o poder de me tirar
dessa leseira cinematográfica e me trazer de volta ao badalo? Claro, o meu
conto favorito de todos os tempos, A Bela e a Fera.
O
conto clássico “A Bela e a Fera” da autora Gabrielle-Suzanne Barbot já ganhou uma porrada de
adaptações mundo a fora, a primeira sendo a que fez o conto bombar, escrita dezesseis anos depois do original por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, em 1756. Filmes, séries, animações, foi feito todo o tipo de arte que
pudesse trazer de volta, fielmente ou em forma de adaptações, essa história
linda sobre o julgamento a partir das aparências. Não sei explicar o porque
desse conto ser o meu favorito, só sei que tudo relacionado a ele, eu estou
querendo saber. E então, no início do ano, surgiu o trailer da adaptação
francesa do conto, chamada “La Belle Et La Bête”, do diretor Christophe Gans Quando eu vi,
é claro que eu surtei e roí as unhas até estar confortavelmente assistindo a
essa belezinha.
La
Belle Et La Bête, traz de forma adaptada o conto A Bela e a Fera, a base do
enredo continuando praticamente a mesma, com pequenos ajustes. Bela é filha de um
comerciante de sucesso na área dos transportes marítimos, os três navios de sua
frota, lhe rendendo uma fortuna suficiente para cuidar de seus cinco irmãos. Um certo dia, esses navios são pegos em uma tempestade e afundam,
lançando no fundo do mar a carga valiosa de ouros e joias e apresentando a
família de Bela, a pobreza. Tendo que pagar a mercadoria perdida, a família tem
a casa, móveis e outros bens vendidos, restando como última saída, se abrigarem na última casa restante, afastada da cidade, onde poderia fugir da vergonha de não
terem mais nenhum tostão. Bela é a filha favorita de seu pai, dócil e alegre e se sente muito mais feliz
sendo útil na fazenda, plantando, colhendo, cuidando de todos, parece encontrar
sua felicidade ali. Quando se sente estabilizada e feliz, recebe a triste
notícia de que um dos navios foi encontrado e que poderão voltar para as
regalias da cidade. Seu pai vai até lá e após uma grande decepção, é abordado
por mercenários para quem seu filho mais velho deve dinheiro. Ele consegue
fugir e ficando preso em uma tempestade de neve, sofre um acidente, acordando em
frente a um assustador castelo, seu único refúgio naquela noite. Entrando, se depara com a beleza e riquezas do local aparentemente abandonado, se farta,
rouba preciosidades para livrar seu filho e para dar as regalias que suas outras duas filhas pediram. Quando passa pelo jardim, lembra-se do único pedido de Bela, uma rosa e ao arrancá-la de lá, entende o quão arriscado foi
se entregar a fraqueza e se apossar do que não era seu. Ameaçado por um ser aterrorizante e feroz, ele tem apenas um dia para
voltar ao castelo e viver nele para sempre. Ao saber disso, Bela se sente
péssima por seu presente ser a causa da condenação do pai, não querendo ser a culpada pela morte de sua família, decide ela
mesma pagar a dívida com o morador do castelo abandonado, a misteriosa Fera. E a partir daí, são só desfechos novos e surpreendentes.
Eu
adorei esse filme. É uma produção rica na maioria das coisas certas. Efeitos
visuais mágicos, figurino belíssimo, cenário digno de nossas imaginações,
elenco de ponta e uma trilha sonora de encher o coração de alegria. Porém como
nem tudo são rosas, eu achei que o roteirista não mergulhou no conto. Não
usufruiu de tudo o que podia, alongando trechos irrelevantes e dando pouco foco
para a interação entre os personagens principais. A personagem Bela passa de
apavorada para cruel e apaixonada em pouquíssimo tempo, recebendo uma ajuda
mágica para entender a história da Fera antes da maldição e quando a entende,
lá está ela, automaticamente super apaixonada. Alguns elementos que os fãs da
Disney amam na animação não existem ou foram substituídos no filme, como a
mobília falante, que em seu lugar recebeu bichinhos encantadores, a rosa que
marca a maldição não existe e a própria maldição em si, recebe uma repaginada
que na minha opinião, foi a parte mais empolgante do filme. O elenco que conta com Léa Seydoux, Vincent
Cassel e André Dussolier arrasou na atuação, se encaixando perfeitamente no
pano de fundo histórico e a língua francesa, só fez dar mais um toque de
delicadeza e requinte a uma história já tão bela. No geral, foi uma adaptação
bem sucedida, bela e emocionante como a história em si, mas que pode não ser o
suficiente para um espectador ou fã mais interessado em um enredo substancial.
Se
você curte ver uma história clássica sob os mais diferentes e encantadores
pontos de vista e preza uma comunicação visual de qualidade, esse é o seu
filme!
Avaliação: ★★★★
♥
Beijos!
Aline, Uma Leitora
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