Perdida - Um Amor Que Atravessa As Barreiras do Tempo
Autor: Carina Rissi
Editora: Verus
Gênero: Romance/Comédia
Páginas: 363
Sinopse: Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...
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O que Jane faria se tivesse que escrever uma resenha sobre "Perdida"?
Olha, sobre a Jane Austen eu não sei, queria poder pedir algum conselho para resenhar um livro tão jovem e delicioso, mesmo se passando no século XIX. E no XXI também.
Sofia Alonzo é a típica mulher do século XXI. Independente, corajosa, determinada, usuária abusiva da tecnologia e suas regalias. Prática e com olho apenas em subir de cargo em seu emprego, Sofia nunca se interessou por romances e coisas do tipo, dando atenção apenas a suas necessidades e amizades e seguindo a vida. Isso, até que em uma de suas saídas com sua melhor amiga, Nina, o pedacinho de tecnologia mais precioso em sua vida, seu celular, se afoga em um vaso sanitário imundo e ela preciso com urgência substituí-lo. Uma vendedora muito estranha a convence a levar a última unidade de um aparelho revolucionário, com tudo o que há de mais moderno e como qualquer pessoa do nosso século, as infinitas possibilidades a fizeram comprá-lo. Ansiosa para testá-lo, logo o abre e constata que o aparelho não funciona, furiosa, vai atrás da tal vendedora para pegar seu dinheiro de volta, o celular liga e sua luz ofuscante atrapalha sua visão, Sofia tropeça em uma pedra no século XXI e cai de cara direto no século XIX.
Confusa sobre todas as estranhezas iniciais, como para onde tinha ido a cidade, os prédios e as ruas pavimentadas, até porque um homem viajaria a cavalo se poderia usar um carro, é ampardada por Ian Clarke, que a oferece ajuda, mantendo-a em sua casa e a auxilia em suas buscas pela verdade e de uma maneira de voltar para casa. Ian, chefe de sua família, após ficar órfão, faz o seu melhor para que Sofia se sinta em casa, indo tão bem em seu propósito, que seu coração acabou se tornando a única casa da qual Sofia precisaria para se sentir feliz.
1. O que achou do livro?
Para tudo! O que faria uma geminiana usuária abusiva de tecnologia e sem uma nesga de curiosidade sobre o amor, no século XIX? Sim, aquele século onde o que restava a uma garota era corar diante de seu pretendente e esperar que o casamento dos dois fosse marcado.
De todas as respostas que essa pergunta poderia trazer, a Carina Rissi encontrou as melhores para a criação de "Perdida".
Gostei muito desse livro, gente! Fico abismada com o quão abrangente o gênero romance pode ser e como alguns autores sabem aproveitar possibilidades, criando um mix de épocas, costumes, tecnologias e ainda assim, ligar dois personagens de maneira tão forte, capaz de superar as barreiras do tempo.
Assim como em muitos romances, acompanhamos a mudança de Sofia, tão típica dos tempos modernos, para uma época onde nada poderia ajudá-la. Nada de banheiros, computadores e onde roupas curtas eram uma ofensa a reputação pura de uma garota. A questão é que de pura e inocente, Sofia não tem nada, mas irá descobrir um lado de sí, tão desconhecido e intocado, que apenas um cavalheiro respeitoso e romãntico de duzentos anos atrás, poderia apresentá-la. Curti demais as revelações de livro, como quem é realmente a vendedora estranha e as gerações mais novas dos Clarke. Carina Rissi não poupou sofrimento para cima dos protagonistas, nos fazendo sentir um pouqinho do que o verdadeiro amor causa no coração de seus atingidos e como graças a ele, sacrifícios são feitos, para manter a felicidade de quem amamos.
A capa é linda demais! Eu tenho um All Star vermelho meio cano, então me senti mais feliz ainda. A diagramação está muit boa, algumas palavras incompletas, mas nada que cause estresse e as páginas amareladas cairam como uma luva em um estória antiga e contemporânea como essa. Estou apaixonada!
2. Ponto alto
Realmente muito difícil! O Ian é um verdadeiro cavalheiro, isso resulta em muitos momentos de frases e beijos arrebatadores, que deslizariam facilmente para a minha lista incontável de "momentos favoritos". Entretanto, creio que o meu trecho que mais me diverti e senti que o romance se desenrolaria, foi quando o Ian e a Sofia discutiram na carruagem, falando dela como se fosse de outra pessoa. Se perderam completamente no calor da situação, jogando seus sentimentos um para o outro e deixando na cara que estavam apaixonados.
3. Ponto baixo
Nossa, nenhum. Eu queria de verdade saber como o foi o casamento dos dois e o romance de Elisa e Lucas, mas isso não diminuiu minha paixão por esse livro, só me deixaria mais contente.
4. Qual o seu personagem favorito?
O casal Ian e Sofia. Acho que não tem como gostar de um e não gostar de outro, já que a presença de Ian, revelou a verdadeira Sofia, cheia de inseguranças, romântica e esquentada, o mesmo com Ian, que sentiu o gostinho do amor e do desespero pela primeira vez e em menos de quinze dias! Os dois são o verdadeiro exemplo de "os opostos se atraem", de uma forma muito gostosa e divertida. Eles se completam, não saberia julgá-los individualmente.
5. Qual crítica e elogio daria a autora?
Elogios&Elogios: Gostei muito da questão histórica. Os autores estão deixando essa época de lado, investindo apenas na atualidade, deixando essa possibilidade apenas para autores de romances de banca. Além disso, por ser no Brasil, minha gente! É impossível não se sentir acolhida por um livro que acontece nesse país tão cheio de possibilidades? Jamais imaginaria um romance histórico aqui e que bom que a Carina criou, porque ficou bom demais! Conhecemos muito sobre os costumes, estórias e fiquei incrivelmente feliz por a autora ter banido a escravidão do contexto. É isso que a escrita nos permite, corrigir erros, nos desculpar com quem sofreu e nos presentear apenas com o amor, que todos nós, sejamos de raças ou níveis sociais diferentes, merecemos. Obrigada, Carina. Você só subiu ainda mais no meu conceito.
Nenhum dos protagonistas tinha uma família. Os dois foram lançados a dor da perda muito cedo, tendo que assumir a responsabilidade de viver sozinhos nesse mundão, sendo amparados ou se tornando o amparo de outros. Esse foi o "click" para Perdida. Desde o ínicio sabíamos que quando o momento de voltar para casa chegasse, seria impossível para os dois abandonar o conforto e a família, a companhia que encontraram um no outro. Lindo. Demais.
O livro ficou sexy sem ser vulgar (apenas). Por se passar no século XIX, esperei que fosse aquela coisa mais sentimental, garotas corando e trocando sorrisos, menos carnal, mas os desejos de Sofia e sua experiência graças ao século XXI, temperaram o enredo e fizeram o desejo florescer também em Ian.
"Jornada concluída com sucesso" se transformou em meu novo sinônimo de desespero, que eu senti em altas dose nesse livro. Sofri da mesma angústia de Sofia, ficando chatada a cada busca sem resultados e até mesmo derrubando algumas lágrimas.
Se fosse para descrever a criação desse livro, diria que a Carina jogou: romance, comédia, angústia, Futuro e passado, All Star vermelho e pés de alface em uma coqueteleira, chacoalhou e saíu essa deliciosa criação. Porque qual outra maneira de envolver tudo isso em um livro e não dar um nó na cabeça dos leitores?
6. Nota: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7. Deixe um recado para os futuros leitores deste livro
Gente, um romance histórico caliente e nacional, que inclui uma viagem no tempo. Só essa frase já laça o leitor!
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E novidades para quem já leu e para quem está doidinho para ler "Perdida". O livro vai virar filme, gente! Segundo a Carina Rissi, o cineasta Luca Amberg, da Amberg Filmes fez o convite e ela aceitou de bom grado. Carina será a roteirista e a ideia é que o filme chegue nas telonas em 2015. Nada de elenco decidido, mas segundo ela, tudo o que achamos importante no livro está sendo passado para o roteiro.
Além disso, "Perdida" ganhou uma sequência, pessoal! Com título provisório de "Perdida 2", o livro tem previsão de lançamento para 2013/2014. A Carina divulgou a pouco tempo um trechinho (que dilacerou meu coração) desse novo projeto! ALERTA SUPER SPOILER SUPREMO
Ontem me pediram para soltar um pedacinho de Perdida 2. Escrevi um capítulo super complicado que ainda… Bom, nem sempre é fácil…
Se você não curte spoilers pare de ler agora.
” Ian se aproximou e por um momento cheguei a pensar que fosse me beijar, mas então passou por mim e se dirigiu para a porta. Aquela porta. A que não deveria existir nem jamais ser usada.
− Sua cegueira me fere a alma, Sofia…
Ele a abriu.
Por favor, não. Não entre aí. Por favor, volte!
− …e dilacera meu coração saber que tal dúvida ainda exista no seu. “
Morri.
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Beijos!
Aline, Uma Leitora
Oi Aline :)
ResponderExcluirPerdida em um dos livros que irei comprar para o mês dos nacionais que farei lá no blog em Fevereiro estou ansioso. Beijos!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/